domingo, 14 de setembro de 2008

Simulação Big Bang



O LHC

O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o maior acelerador de partículas do mundo, entrou em funcionamento nesta quarta-feira perto de Genebra, com o objetivo de revelar os segredos da matéria e da origem do universo.
Um primeiro feixe de prótons foi injetado no LHC, um anel de 27 km de circunferência esfriado a 271,3 graus abaixo de zero, 100 metros sob a terra na fronteira entre França e Suíça.
"Depois da injeção do feixe foram necessários cinco segundos para obter dados", declarou o diretor do projeto LHC, Lyn Evans.
Uma luz nos monitores de controle indicou que o feixe entrou corretamente no primeiro segmento do anel, provocando gritos de comemoração e aplausos de alívio entre os cientistas presentes na sala.
Pouco menos de uma hora depois, o feixe realizou uma primeira volta completa no anel, cumprindo o objetivo principal fixado pelos físicos para esta primeira etapa.
Depois deste início, acontecerá o lançamento de um segundo feixe que vai girar em sentido contrário. As primeiras colisões de prótons - para as quais será necessário esperar várias semanas - acontecerão a energias de 450 giga eletrons-volts (Gev), ou seja, quase metade da potência do Fermilab de Chicago, que até agora era o maior acelerador de partículas do mundo.

O que é um acelerador de partículas

Um acelerador de partículas é um dispositivo que emprega campos elétricos para impelir partículas elementares caregadas eléctricamente a altas velocidades no seu interior. Um aparello de TV de tubos catódicos é um exemplo básico de um acelerador. Existem dois tipos básicos de aceleradores: Lineais e circulares.
O LHC é do tipo circular e seu funcionamento segue o princípio do ciclotron descrito a seguir criado pelo físico americano Ernest O.Lawrence ( 1901-1958).



Objetivo do LHC

A principal busca é pelo Bóson de Higgs, uma partícula que pelo modelo padrão da física deve ser a responsável pela massa de toda a matéria que existe no universo (e por conseguinte a gravidade). Esta partícula é tão importante que é chamada de Partícula de Deus.
As colisões de prótons que serão provocadas dentro do LHC produzirão em breve uma temperatura 100.000 vezes superior à do Sol e devem permitir detectar partículas elementares que não foram observadas até hoje, entre estas o bóson de Higgs, a última peça do quebra-cabeças chamado "Modelo Standard" que daria sua massa a todas as outras.
As altíssimas energias aplicadas permitirão recriar durante uma fração de segundo o estado do universo durante o primeiro cem milésimo de segundo depois do Big Bang, ou seja, o nascimento do Universo há 13,700 bilhões de anos.

Buracos Negros

As colisões podem criar ainda pequenos buracos negros que os cientistas do LHC garantem que não representarão nenhum risco devido a sua efêmera presença. Rumores que circulavam na Internet provocaram preocupação pela possibilidade de que estes absorvessem toda a matéria ao seu redor, provocando o fim do mundo.Durante mais de 10 anos, o projeto, que tem custo de 3,76 bilhões de euros, teve a participação de 7.000 cientistas de todo o planeta.

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